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Qual é o valor da sua privacidade?

Nos últimos anos, exercendo forte cerceamento, plataformas digitais dominantes tem feito a exclusão sistemática de usuários com pontos de vista autênticos e divergentes. O ano de 2021 já se inicia trazendo oportunidades para reflexão e posicionamento diante de alguns temas emergentes.


A partir de fevereiro, grandes plataformas anunciaram que irão compartilhar os dados individuais de seus usuários com outros servidores e seus anunciantes. Para muitos, esta notícia não foi bem recebida, gerando mudança para outras que garantam mais privacidade.


As redes sociais se tornaram um novo ambiente de interação interpessoal, no qual aqueles, com pensamentos afins, têm dialogado de maneira aberta sobre os acontecimentos do mundo atual e o comportamento do ser humano. Tornaram-se também espaço de apoio afetivo, de parcerias profissionais, assim como, ampliação de fonte de referências da informação massificada.

É preciso estar atento quanto à tecnologia: utilizar seus recursos, sem ser alheio aos perigos. Afinal, estamos, incontestavelmente, numa transição da era analógica para a era digital.


Torna-se cada vez mais evidente o avanço do conhecimento em inúmeras áreas, nas quais estavam operando a dominação do pensamento unilateral e ideológico. Assim, ao serem reveladas nas redes sociais outras formas de se lidar com a realidade, cada um pode experimentar o “ver com seus próprios olhos” e o “pensar por si mesmo”.


A privacidade quando ameaçada, expõe a risco a liberdade de expressão do indivíduo e da coletividade. Esta é intrinsecamente ligada à liberdade de ser, de se reconhecer em sua identidade individual. Infeliz e intencionalmente, prejudica-se a atmosfera de confiança, aliança e reciprocidade. Instala-se o medo de retaliações e a pressão para seguir a conduta “politicamente correta”. Lembre-se sempre: a plataforma é para servir aos usuários e, não, para controlá-los!


Ressalto dois dos elementos mais importantes para a saúde psíquica do indivíduo: a afetividade e a confiança . Estas favorecem tanto a serenidade e prontidão para o aprendizado, como o entusiasmo para buscar o conhecimento. Promovem assim, a função cognitiva, compreensão de mundo e processos de auto-conhecimento.


Dra. Ana Cristina C. L. Malheiros



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