Diante da data dedicada aos Médicos de Família e Comunidade em 05 de dezembro, relembro que esta especialidade médica trouxe como contribuição tornar a assistência aos pacientes mais humanizada.
A disponibilidade para realizar visitas domiciliares e o atendimento às famílias em seu território de moradia são diferenciais que trazem a possibilidade de prevenção e tratamento clínico de várias doenças de forma mais direta e, potencialmente, mais efetiva.
Quando necessário, é feito o encaminhamento para outra especialidade médica, não haveria a interrupção do cuidado, sendo mantido o monitoramento do caso pelo médico de família.
Assim, como cada especialidade tem suas peculiaridades, há elementos que formam a base universal do ser médico.
Como você pode imaginar, é fundamental que exista o desejo de cuidar das pessoas para a recuperação da saúde, sendo capaz de atos de compaixão e solidariedade diante do sofrimento humano. Outro elemento essencial é o interesse e a vontade de aprender e se atualizar sobre os avanços científicos, para poder aplicar em sua prática médica.
Desta forma, a experiência médica vai sendo constituída na linha do tempo, criando-se, a partir de erros e acertos, o repertório técnico e medicamentoso daquele profissional.
O século XXI trouxe muita inovação também para a Medicina, exigindo adaptação e maior uso de tecnologia no atendimento ao paciente. O ano de 2020 tem apresentado grandes desafios em decorrência da pandemia de COVID-19, causando sobrecarga aos profissionais de Saúde, em especial, aos médicos.
Porém, justamente diante de tal adversidade, desde março de 2020, houve uma intensa mobilização ao redor deste tema tão relevante numa dinâmica bastante positiva. O individualismo exacerbado e a acirrada competitividade entre estes profissionais cederam o lugar à cooperação e interatividade.
Diante da pandemia, médicos e pesquisadores têm desenvolvido iniciativas, tanto no Brasil, quanto no exterior, para conhecer o novo coronavírus (SARS-CoV-2) e suas características, o modo em que age no organismo humano e as fases da doença. Obviamente, estas ações são fundamentadas no saber médico e na metodologia científica, já existentes antes do surto desta virose.
Milhares de médicos, diante deste cenário, assim como seus pacientes, estão vencendo o medo, a insegurança e a "desinformação", para agirem com coragem e clareza quanto ao seu papel social com foco na saúde.
A intensa troca de experiências entre estes profissionais a partir da prática clínica tem criado condições cada vez mais frequentes de sucesso terapêutico, consolidando o conhecimento médico a respeito da doença. Desta forma, é possível criar protocolos, que definem as diretrizes gerais para o bom atendimento ao paciente.
No caminho do conhecimento médico, as teorias são derrubadas ou confirmadas pelos fatos. Na COVID-19, não é diferente. Portanto, em ato de implícita humildade, é imprescindível a revisão de conduta, para reforçar ou substituir a estratégia terapêutica.
Deve então, o médico agir em liberdade, sem qualquer tipo de influência ou interferência, realizando o ato médico em favor da recuperação da saúde do paciente. É importante que ocorra dessa maneira, por dois principais fatores , igualmente importantes: primeiro, porque, a assistência ao paciente é responsabilidade do médico, que não deve incorrer em negligência, imperícia ou omissão.
Segundo, é no encontro com o paciente que se dará a melhor conjunção possível entre a técnica e o humanismo.
Esta é essencialmente a Arte da Medicina, que somente acontece com inspiração, empatia, confiança vivenciados em liberdade, tanto pelo paciente, quanto pelo médico, em verdadeiro encontro humano. Assim, considero hoje que o papel social do médico é especialmente relevante, ao trazer clareza de informações baseadas em evidências de sua prática clínica. Portanto, o caminho para reduzir a nossa angústia e ansiedade frente é a confirmação da função do médico na vida social.
É imprescindível que a Verdade, a Ética e o Respeito à dignidade do ser humano, seja do paciente e do próprio médico, sejam os princípios da Medicina que salva vidas.
Dra. Ana Cristina C. L. Malheiros
Para nos inspirar:
Juramento
"Prometo que ao exercer a arte de curar
mostrar-me-ei sempre fiel aos preceitos da
honestidade, da caridade e da ciência.
Penetrando no interior dos lares,
meus olhos serão cegos, minha língua calará
os segredos que me foram revelados, os quais
terei como preceito de honra.
Nunca me servirei da profissão para corromper
os costumes os favorecer o crime.
Se eu cumprir este juramento com fidelidade,
goze eu para sempre, a minha vida e a
minha arte, de boa reputação entre os homens.
Se eu o infringir ou dele me afastar,
suceda-me o contrário.
Hipócrates
Realizei a leitura do Juramento, representando todos os formandos de minha turma da UFMG, de 1986
Links recomendados:
- Para você preparar o Advento com familiares, e amigos e crianças:
http://www.festascristas.com.br/advento
- Dra. Lucy Kerr e Ivermectina e mecanismos de ação:
https://www.youtube.com/watch?v=yMoiul_mN5Y&feature=youtu.be&ab_channel=LucyKerr
- Dra. Raissa Soares faz retrospectiva sobre a pandemia e o tratamento de Covid-19:
https://www.youtube.com/watch?v=KfyRo45a_CI&feature=youtu.be&ab_channel=GazetadoPovo
