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Mais um ano com as carteiras vazias?

Há cerca de um ano, devido à pandemia de Covid-19, as escolas no Brasil são mantidas fechadas, sem haver a ampla discussão deste tema pela sociedade e seus representantes políticos. Convido a você a refletir quais os impactos sobre a saúde física e emocional das crianças e jovens, diante destas medidas de confinamento.


No panorama global, a visão sobre o vírus e o gerenciamento da pandemia estão restritos a aspectos materialistas - virologia, epidemiologia, poder político - sendo assim, não foram considerados outros âmbitos tão importantes - Imunologia, Psiquiatria e Psicologia, Sociologia.


Nesta “estratégia de guerra contra o vírus”, mantém-se a tendência unilateral, material, de combater um inimigo externo. Porém, é importantíssimo fortalecer, internamente, os mecanismos de defesa, ou seja, o sistema imunológico. Pois, ao ocorrer o contágio pelo vírus, a evolução da doença dependerá do desempenho do sistema imunológico daquele indivíduo em específico.


Sendo assim, quais são os danos colaterais desse confinamento?


Ao longo de um ano com as escolas fechadas, mais e mais médicos pediatras, psiquiatras e neurologistas, psicólogos e professores fazem alertas sobre as graves consequências ao desenvolvimento infanto-juvenil.


As queixas mais frequentes nos consultórios são “alteração de humor, ansiedade, alteração do sono, do apetite (alimentação irregular, obesidade), do metabolismo (hormonais) e do comportamento (introspecção e isolamento), segundo o Dr. Carlos Eduardo Gubert, médico pediatra. (link 1)


“Após avaliar o uso contínuo de máscaras em 25.930 crianças, pesquisadores alemães da Witten/Herdecke University descobriram que 68% delas apresentavam algum tipo de problema relacionado ao acessório, incluindo: irritabilidade (60%), dores de cabeça (53%), dificuldade de concentração (50%), diminuição da percepção de felicidade (49%), recusa em ir para a escola ou creche (44%), desânimo (42%), comprometimento da capacidade de aprendizado (38%), vertigem e fadiga (37%).” (link 3)


“Quando privamos as crianças de irem às aulas, tiramos grande parte da sua base social e geramos um quadro de estresse mental, aumentando o nível de cortisol em seu organismo. Quanto mais tempo a criança ficar exposta a essa alta quantidade de cortisol, piores serão as consequências como: hipervigilância (paranóia), hiperatividade, impulsividade, dificuldade de controlar a fúria, dificuldades intelectuais, baixa autoestima e até aumento da criminalidade na idade adulta. O fechamento de escolas pode ter efeitos devastadores de longo prazo na vida dos alunos, especialmente daqueles já desfavorecidos.(link 5)


Estudos apontam para o fato gravíssimo: pela primeira vez na história da humanidade, a geração atual tem Q.I. (Quociente de Inteligência) menor do que a geração que a precedeu. (link 6)


Como o Dr. Carlos Eduardo Gubert recentemente esclareceu em uma live em seu instagram: A chamada “geração coronavírus” que está sendo formada “ é mais introvertida, mais indolente, mais preguiçosa, mais acomodada, com menor iniciativa e com pouca coragem para novos desafios."


Diante de tal realidade há outras formas de lidar com a questão?


Certamente, inúmeros países fizeram a manutenção das escolas abertas.

“Na Suécia, onde as aulas não foram interrompidas, professores da pré-escola não tiveram mais Covid que outros profissionais suecos no 1o semestre de 2020. Nos professores de escolas (alunos de 7 a 16 anos) o risco de apresentar Covid foi até menor (0.43 com IC95% de 0.28 a 0.68). Nenhuma criança, dentre as 2 milhões morreu de Covid neste período”.


Para reverter uma situação como esta, primeiramente, deve-se admitir o erro cometido. Para as famílias e a sociedade, a escola sempre foi uma extensão do lar, um ambiente essencial e a tecnologia, definitivamente, não substitui a presença calorosa, atuante e motivadora do professor.


Principalmente, por estarem em fase de desenvolvimento, tanto crianças, quanto jovens, são mais sensíveis a medidas prejudiciais às suas necessidades físicas, emocionais e espirituais. Portanto, quanto menor for o tempo de privação e isolamento, menor será o dano nesta geração.


Estamos dispostos a defender a infância e adolescência dos nossos jovens?

Dra. Ana Cristina C. L. Malheiros


Para nos inspirar:

“Em toda parte só se aprende com quem se gosta.”

“Só é possível ensinar uma criança a amar, amando-a.”

Goethe


Links recomendados:


- Covid-19 vs A importância da volta às aulas | Dr. Carlos Eduardo Gubert, médico pediatra, 28/02/2021:

https://www.instagram.com/tv/CL1s9siHf2N/?igshid=wc12k5cnb7f8


- Entrevista "Um ano de Covid-19 no Brasil e no mundo" | Dra. Roberta Lacerda, médica infectologista, 26/02/2021:

https://www.youtube.com/watch?v=wkiSl_k415c&feature=youtu.be


- Corona children studies "Co-Ki" | First results of a Germany-wide registry on mouth and nose covering (mask) in children:

https://www.researchsquare.com/article/rs-124394/v2


- Escolas abertas, Covid-19, e morbidade de alunos e professores na Suécia, 18/02/2021:

Escolas, Aulas, Alunos e Professores vs
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Download • 336KB

- Carta dos médicos mineiros pela reabertura das escolas, 21/02/2021:

https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLScGyIuUOLpZKAEJB2QDuZYdADAWj0IZQp7FvLv5lAiNnZrX9w/viewform


- Matéria jornalística sobre o livro " La fabrique du crétine digital" | Michel Desmurget, neurocientista do Instituto Nacional Francês de Saúde e Pesquisa Médica, 11/01/2021:

http://www.elitefm.com.br/ler-artigo/16009/cretinos-digitais-por-que-a-geracao-z-e-a-primeira-com-qi-mais-baixo-que-a-anterior




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