Participamos, como família, do Santuário de Nossa Senhora de Lourdes em Curitiba há aproximadamente dois anos. Com satisfação, atendi, recentemente, ao convite do grupo de jovens para realizar uma palestra com o tema " Ansiedade, Depressão e Fé ". Para me preparar, além de buscar informações e estatísticas atualizadas sobre estas patologias, procurei por imagens bem representativas e optei por uma linguagem direta, que lhes facilitasse o entendimento.
No início, estavam muito silenciosos. Pensei tratar-se de um momento de adaptação, atitude natural face ao desconhecido. No entanto, seguiram silenciosos, porém, atentos ao que eu dizia. Observei, então, tratar-se de um "retraimento coletivo", certamente, imposto ao jovem em outros ambientes sociais, em que ficam mais sujeitos a críticas.
Então, ao perceber este tipo de constrangimento, passei a utilizar a própria condição da palestra, assemelhando-a a apresentação de trabalho em sala de aula, para abordar aspectos ligados à ansiedade, como os sintomas de fobia social, tensão física e psíquica, falhas de memória, dificuldades de se expressar em público. Isto fez com que me aproximasse deles, facilitando que se tornassem mais espontâneos e participativos.
A partir de exemplos do cotidiano, trazidos por eles, fomos demonstrando atitudes possíveis de serem praticadas no dia-a-dia, para evitarem seu adoecimento, pois como médica psiquiatra, também pratico a medicina preventiva. Considerando a entidade humana constituída por corpo, alma e espírito, trabalhamos elementos fundamentais da fé católica para o fortalecimento individual e resiliência em face as adversidades. Foi importante também que conversássemos sobre assuntos polêmicos, que geram grande angústia para os jovens, principalmente os cristãos, como sexualidade, namoro, aborto, uso de drogas e política. Foi bastante produtivo, pois foram esclarecidas técnicas utilizadas para manipulação de massas, com o objetivo de disseminar comportamentos contrários à família e aos valores judaico-cristãos.
Minha reflexão é no sentido de percebermos melhor a importância de estimularmos os jovens a pensar por si mesmos e a se tornarem capazes de expressar seus argumentos quanto a determinado assunto, sem temer represálias pautadas pelo " politicamente correto" e não se tornarem reféns deste comportamento imposto.
Somente assim, existirão seres humanos corajosos, capazes e livres para contribuir para a vida social!