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A grande lição de São Tomé

Em busca constante do próprio aprimoramento, estamos a cada instante sendo colocados diante de personalidades que se destacam na vida social. Atualmente, devido inclusive ao acesso às mídias digitais e à recursos tecnológicos, a grande maioria daqueles que ganham notoriedade não traz em si as maiores qualidades que o ser humano precisa alcançar.


Há algumas décadas, estavam entre estes os artistas, cientistas, filósofos, estadistas ou empresários que, por seus talentos e atitudes grandiosas, contribuíam para o avanço da humanidade. Tornavam-se, portanto, mitos e heróis modernos, que geravam admiração aos olhos dos jovens e gratidão para o coração dos adultos, pois traziam alento e esperança pelos seus grandes feitos. E muitos seguiam aquele caminho, buscando inspiração no “mestre”, trazendo neste gesto a fonte da renovação da própria vida pessoal.


Se fizermos, então, uma retrospectiva mais extensa, chegaremos há dois mil anos atrás, quando Jesus Cristo e seus apóstolos, numa analogia, representam arquetipicamente a divindade e a humanidade. Diante do Mestre, cada um dos discípulos manifesta qualidades e fragilidades com as quais podemo-nos identificar.


Dia 3 de julho, é celebrado o dia de São Tomé e destaco duas passagens importantes onde Tomé se torna protagonista, que apesar de revelar um temperamento melancólico e uma atitude pessimista, interagia com a realidade e com os fatos.


A intervenção importante de Tomé, mostra seu desconhecimento e dúvidas, dando a Jesus a oportunidade de fazer uma de suas revelações mais importantes:


“Disse-lhe Tomé: Senhor, não sabemos para onde vais. Como podemos conhecer o caminho? Ao que Jesus respondeu: Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.” (Jo 14,5-6)


E em outra passagem, ele havia duvidado de seus companheiros, quando estes lhe afirmaram terem visto Jesus ressuscitado (João 20, 24-29). Ele quis “ver para crer”. E, então, Tomé precisou tocar as chagas do corpo de Cristo para acreditar na ressurreição. Mas, assim que o fez, ele exclamou: “Meu Senhor e meu Deus.” Profundamente, Tomé percebeu que, ao tocar a materialidade do corpo de Jesus Cristo, revelou-se para ele a divindade. Então, daquele que era cético, surgiu aquele que crê.

Trazendo este exemplo para o cenário atual, verificamos a existência cada vez mais numerosa de “mitos, heróis, artistas, líderes” com milhões de seguidores que aplaudem a mediocridade, a superficialidade, a falsa competência. Há uma legião de pessoas que não questionam, que são crédulas quanto aos atos daqueles que desejam obter vantagens.


Qual é a nossa responsabilidade sobre estes fatos?


Nesta reflexão, incentivo a identificarmos como a nossa atitude de questionar, de tirar dúvidas, de pesquisar com autonomia a realidade em que vivemos pode contribuir positivamente para caminharmos com mais segurança existencial.


O bom discípulo qualifica o Mestre. A exemplo de São Tomé, aquele que busca conhecer o caminho e a verdade, certamente se encontrará com o Cristo Ressuscitado.


Dra. Ana Cristina C. L. Malheiros


Links recomendados:


- História de São Tomé Apóstolo:

https://cruzterrasanta.com.br/historia-de-sao-tome-apostolo/280/102/


- Mídias: Uma abordagem Antroposófica:


1° parte (6:40 min) : Dra. Ana Paula Cury "Abordagem Antroposófica e Exotérica do que significa o uso de tecnologia para o desenvolvimento humano"


2° parte (50:00 min) : Profa. Melanie Guerra "Como usar esta tecnologia de modo consciente e humano"


3° parte (1h 44min) : Dra. Cláudia McKeen "Quais são as consequências para o desenvolvimento infantil do uso de tecnologias"


https://www.facebook.com/SociedadeAntroposoficaNoBrasil/videos/m%C3%ADdias-uma-abordagem-antropos%C3%B3fica/2673755062947192/


- Festa de São Tomé (Homilia diária. 1516) _ Padre Paulo Ricardo:

https://www.youtube.com/watch?v=hqW05iDz5eY&app=desktop



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